quinta-feira, 16 de maio de 2013

AROEIRAS ''SECA''


 
 
Ao contemplar o meu berço querido,sofrido e cercado por cercas e serras,com o olhar esperançoso, meu peito sonha o sonho do bom porvir; acreditando que o choro da chuva chegará em breve como anuncia de repente o repentista no relâmpago de sua voz...Aroeiras não possui a versatilidade dos versos condoreiros, todavia; é cantada e decantada em versos e prosas que emergem e submergem no ''EU'' lírico da imaginação provinciana dos seus poetas. Do sopé ou do ponto culminante de suas plataformas geodésicas, que comparam a paisagem singular: no verão, um lençol de cinzas acoberta a terra, no inverno,um manto verde se espalha sobre as folhas das flores, florescem os frutíferos frutos e da alegria latente no olhar risonho do rurícola, se ouve:''voltarás a escutar a musicalidade dos pingos nas goteiras e ouviras as cordas do teu coração chorando e sorrindo de tanta emoção''.Alguns tomarão uma gelada, outros, uma branquinha; agradecendo ao ''PAI'' pela chegada do verde do homem, do verde da esperança, do verde da vida...Mas Aroeiras bem que poderia ser mais dinâmica e não tão estática:há 59 anos ainda bebe água de cisterna, a saúde,um mero paliativo onde a vida e a morte sempre se confrontam, a cultura, desprezada porém viva, pois é e sempre será indubitavelmente a alma do seu povo. O leito que em 15 de outubro me viu nascer, permanece muito doente impregnado com o dogmatismo do COMODISMO e da ALIENAÇÃO,onde no seu ''TRONO'' sempre pelos mesmos ocupado,alguns TIBÉRIOS com o seu sorriso largo e olhar distante, repassam PÃO e CIRCO e o ''povo'' coitado! sofrido, submisso e como gado magro, tangido pelo destino...

Dudé das Aroeiras
Texto usado em sala de aula
para trabalhar figuras de linguagens.
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