domingo, 11 de maio de 2014

Alunos de escola pública de Aroeiras participam do projeto “Conhecendo o Judiciário”




Assim como a aluna Débora Andrade Pires, que acredita que o Projeto ‘Conhecendo o Judiciário’ poderá quebrar mitos e tabus sobre o poder judiciário, outros estudantes também tiveram o mesmo pensamento. Pelo menos foi o que ficou demonstrado por eles durante palestra realizada na tarde desta quinta-feira,(07), no Tribunal de Justiça da Paraíba. O projeto reuniu cerca de 15 alunos do Ensino Fundamental e Médio do Colégio Estadual Deputado Carlos Pessoa Filho, da cidade de Aroeiras.
A juíza Renata Câmara, titular da 8ª Vara Cível da Capital, foi quem apresentou o projeto ao alunado, em substituição ao desembargador Leandro dos Santos, idealizador e apresentador do “Conhecendo o Judiciário”. A magistrada acolheu os estudantes no Tribunal Pleno do TJPB.
A primeira conversa com a turma foi sobre a história da fundação do Tribunal de Justiça da Paraíba, em 1891, e sobre o número de desembargadores que formavam a Corte de Justiça, à época, que era um total de 5. Também destacou as atribuições dos juízes, os caminhos por eles percorridos até chegar a desembargador.
Na ocasião, os alunos demonstraram, através das perguntas facultadas a eles, a grande preocupação com o alto índice de violência vivenciado hoje no Brasil e, principalmente, os frequentes linchamentos e quebra-quebra, a a exemplo do que aconteceu recentemente no sul do país, ao que a juíza Renata Câmara respondeu: “Todo abuso de direito é um ato ilícito. É a sociedade fazendo justiça com as próprias mãos e, com isso, esvaziando o judiciário. Uma sociedade não sobrevive sem o respeito”, declarou.
Entre os participantes, estava um aluno especial , o estudante Isaac Egito de Andrade, de 18 anos, que teve o conteúdo da palestra transmitido pela Audileide Gabriel, que, se utilizando da língua de sinais, fez com que ele interagisse com a turma. Isaac quis saber se qualquer juiz poderia realizar casamento. A juíza respondeu que, em regra, existe um juiz específico para realizar, mas há casos que isso é possível, quando há um desejo, por afinidade do casal com um juiz da comarca.
Com relação aos anos de ditadura, a juíza ao se dirigir aos jovens, ressaltou a importância de que eles precisam pensar, sem perder a alegria de viver essa democracia. “O que se vê é que não estamos fazendo uso da liberdade que conquistamos. Nenhuma sociedade se sustenta sem autoridade e disciplina.”, alertou a juíza.
Ao final, os participantes revelaram que o projeto para eles representa “abrir portas para o futuro, interagir com a justiça, incentivar o ingresso à magistratura, como juiz ou desembargador, e, o mais importante, que é a orientação, o incentivo a ser uma pessoa melhor, conhecedor da realidade do judiciário e de suas atribuições na vida de cada um.
Por Clélia Toscano
Clique para carregar comentários

0 comentários