José Wellington de Barros Cordeiro²; Paulo
Marks de Araújo Costa².
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, SOCIAIS E
AGRÁRIAS/UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
1. Trabalho apresentado a disciplina de Fundamentos de Física Ambiental.
2. Estudante do
curso de Agroecologia CCHSA/UFPB (wellingtoncordeiroag2014@gmail.com; paulomarks90@hotmail.com).
Resumo:
A seca é um dos fenômenos
naturais que afeta várias partes do mundo e provoca impactos sociais,
econômicos e ambientais. O estudo das secas no estado da Paraíba é necessário
para o desenvolvimento de técnicas e programas para o beneficiamento dos agricultores.
Sendo à água o principal fator para a produção animal e vegetal nesta região. O
município de Aroeiras está localizado na microrregião de Umbuzeiro e na
mesorregião do Agreste Paraibano. Desta forma, temos o objetivo de estudar o
índice pluviométrico da cidade de Aroeiras. A pesquisa foi desenvolvida através
de um banco de dados fornecidos pela AESA (Agencia Executiva de Gestão das
Águas do Estado da Paraíba), os quais foram analisados para verificar os
maiores e menores meses com índices de chuva. Observou-se que para o município
de Aroeiras os meses de maiores índices pluviométricos são de abril a julho e
que a média anual de chuva entre 2000 a 2013 foi 576,5 mm. Dessa forma, podemos
concluir e informa aos agricultores desta região que devem preparar as
propriedades e reservatórios para a captação de água e produção de alimentos a
partir do mês fevereiro.
Palavras chave:
seca; semi-árido; sociedade.
Introdução
A região Nordeste do Brasil
historicamente sempre sofreu com um grande período de estiagem prolongada, o
qual interfere no desenvolvimento do mesmo e diretamente na vida dos
agricultores. É importante ressaltar que não podemos acabar com a seca no
nordeste o que se pode fazer é desenvolver técnicas e estratégias para uma
melhor convivência com esse fenômeno. Cerca de 80 % da área do Estado da
Paraíba está inserido no semi-árido nordestino o que significa que a falta de
chuva é um dos principais problemas nesse estado. E devido ao baixo índice
pluviométrico temos um déficit na economia, pois é basicamente constituída da
agricultura e pecuária. No Nordeste brasileiro a palavra “seca” adquiriu uma
imagem perante às outra regiões, onde essa imagem é representada por abandono,
penúria, fome, sede, êxodo rural, mortandade de animais dentre outros. Na maior
parte do nordeste as chuvas são concentradas no período de abril a agosto, tem
sua estacionalidade de setembro a março, e são irregulares, ou seja, a chuva
não é bem distribuída durante todo o mês. O objetivo deste trabalho foi avaliar
o índice pluviométrico do município de Aroeiras, entre os anos de 2000 a 2013 definindo
os meses de maior pluviometria e a estacionalidade das chuvas.
Metodologia
Os dados do presente estudo foram
obtidos a partir dos valores apresentados pela AESA (site2.aesa.pb.gov.br/aesa/monitoramentoPluviometria.do?metodo=listarAnosChuvasAnuais)
Foram tomados dados mensais de pluviosidade entre os anos de 2000 a 2013. Após
a tomada dos dados foi editado um banco de dados com todas as informações para
analise posteriormente.
Resultados e Discussão
Tabela 1. Tabela de pluviometria média anual (mm).
Nesse gráfico observa-se a
irregularidade das chuvas, onde a cada um ano bom de chuva tem três ou quatro
posteriores de regular a ruim. Dessa forma os agricultores, produtores de forma
geral tem que obter essa informação para que no ano bom de chuva ele possa
estocar alimentos, armazenar água, e buscar culturas e animais que produzam com
baixos índices hídricos.
A tabela mostra os meses de ocorrência de maior e menor precipitação na cidade de Aroeiras. Com esse dados os agricultores podem se planejar para ter um maior acumulo de água e maior capacidade de armazenamento de alimentos.
Figura 3.
Pluviometria mensal (mm)
No gráfico nota-se que o período chuvoso na cidade
Aroeiras e entre o mês de abril a julho o momento ideal para os produtores
estocarem alimentos e armazenar água. A partir de agosto até fevereiro são os
meses de estacionalidade pluviométrica onde o índice de precipitação é
relativamente baixo, momento ideal para os produtores usarem o que foi estocado
nos meses anteriores.
Conclusões
Ao termino do trabalho pode-se
observar que para o município em estudo a média anual 2000/2013 fica em torno
de 576,5 mm, com maiores regimes de chuvas compreendidos entre os meses de
abril a julho, assim indicamos esses meses para preparo de terra, plantio,
produção de forragem para a produção animal e armazenamento de água, assim
reduzindo os riscos de prejuízos na produção agrícola e animal.
Referências
DADOS PLUVIMETRICOS ANUAIS. Disponível em: <http://site2.aesa.pb.gov.br/aesa/monitoramentoPluviometria.do?metodo=listarAnosChuvasAnuais
> Acesso em julho de 2014.
DADOS PLUVIOMETRICOS MENSAIS. Disponível em: http://site2.aesa.pb.gov.br/aesa/monitoramentoPluviometria.do?metodo=listarMesesChuvasMensais
> Acesso em julho de 2014.
MENEZES, Hudson Ellen Alencar;
BRITO, José Ivaldo Barbosa de; SANTOS, Carlos Antônio Costa dos; SILVA,
Lindenberg Lucena da. A relação entre a temperatura das superfície dos
oceanos tropicais e a duração dos veranicos no estado da Paraíba. Revista Brasileira de
Meteorologia, v.23, n.2, 152-161, 2008.
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