quinta-feira, 27 de junho de 2013

POR: Maktor Queiroz Do Rêgo


Diante dos acontecimentos das ultimas semanas, que foram intensas no país, resta agora cuidarmos de quais caminhos seguirmos de agora em diante. É sabido que o corpo social agoniza, o contrato social que assegura a nossa ficta estabilidade institucional está corroído e não mais representa a vontade soberana do povo, portanto ilegítimo está, os fatores reais de poder que determinam a veracidade da carta política, não se refletem na constituição, os anseios da população se encontram atrofiados na programaticidade da nossa carta magna. A legitimidade do corpo político que representa a nação está em dissenso com a expressão primeira do estado que é o governo. Estamos diante de uma crise de representatividade épica, nunca experimentada antes em solo tupiniquim, mesmo porque nós, sempre tivemos uma postura messiânica, que herdamos de nossa antiga metrópole, esperamos sempre por um líder que conduza as massas rumo ao desenvolvimento, ao progresso. Mas os ventos mudaram finalmente em nossa terra, graças a diluição do conhecimento proporcionada pelo advento da internet, nós podemos sentir o cheiro da liberdade, percebemos que a liberdade se constrói individualmente e que sua expressão exterior se dá na ausência de subordinação, na auto determinação do ser, que não precisamos de líderes para construirmos um futuro melhor, que os líderes somos nós mesmos.A única coisa concreta que temos até este momento é o fato de termos experimentado pela primeira vez a emanação do poder de forma substancial, a política saiu da esfera metafísica e condensou-se na práxis. O momento histórico que vivemos se transubstancia em arremedos desesperados dos nossos não-representantes, fala-se agora em assembléia constituinte exclusiva, uma cria do desespero vivenciado pelos nossos não-líderes numa tentativa de golpe as avessas ou golpe "inside"; as assembleias constituintes só podem ser legítimas quando representam a vontade revolucionária de um povo, de fato na história do nosso país nunca tivemos uma constituinte legítima, tivemos sim pactos entre as classes dominantes para assegurar o poder adquirido ainda nas caravelas, nunca o povo se viu representado nestes pactos. É o fim deste contrato de servidão voluntária que nós enquanto povo, devemos almejar, se quisermos ser livres.


 POR: Maktor Queiroz Do Rêgo
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