segunda-feira, 21 de novembro de 2016

A História do acordeon



O Acordeon: Em bom português podemos chamá-lo de Acordeão, ou como nossos Hermanos Argentinos, Acordeón, ali do lado os Gaúchos chamam de Gaita mesmo, já os nordestinos, criativos como sempre, inventaram talvez o nome mais popular em nosso belo país, a Sanfona.

A Origem
Foi há aproximadamente 2.700 anos antes de Cristo, que foi inventado na China um instrumento denominado Cheng. Que era uma espécie de órgão portátil tocado pelo sopro da boca. Tinha a forma de uma Fanix (aquela ave mítica que renasce das cinzas), que os chineses consideravam o imperador das aves. O Cheng era dividido em 3 partes:
1. Recipiente de ar
2. Canudo de sopro
3. Tubos de bambu
Olhando de longe, o recipiente de ar parece o bojo de um bule de chá. O canudo de sopro tem a forma de um bico de bule ou do pescoço de um cisne. A quantidade dos tubos de bambu variava, porém, a mais usada é a de 17. Interessante é que destes 17 tubos de bambu , 4 não têm a abertura em baixo para entrada do ar, são mudos, são colocados somente por uma questão de estética. Na parte superior do recipiente de ar ou reservatório de ar, existem as perfurações onde são fixados os tubos de bambu e em cada tubo é colocado a lingueta ou palheta, para produzir o som. Este recipiente (espécie de cabaça ) é abastecido constantemente pelo sopro do musico, que tapa com as pontas dos dedos os pequenos orifícios que existem na parte inferior de cada tubo. De acordo com a musica a ser executada ele vai soltando os dedos, podendo formar até acordes. Em cada tubo de bambu há um caixilho próprio para ser colocada a lingueta, presa por uma extremidade e solta na outra , que vibra livremente quando o ar comprimido a agita.
O Cheng é o percursor do Harmónio e do Acordeon, pois foi o primeiro a ser idealizado e construído na família dos instrumentos de palheta.
Bem mais tarde, com a escala cromática, foi realmente que acordeon (ou pelo menos o mais próximo do que conhecemos hoje) teve sua forma melhorada, pode produzir qualquer melodia ou harmonia e inúmeros fabricantes o aperfeiçoaram colocando registros, tanto na mão direita com na esquerda, para maior variedade de sons. Ah, e não podemos deixar de falar que é na Itália em que se fabricam os melhores acordeões, tendo sido os primeiros construídos em 1863 em Castelfidardo, em Ancona, surgindo depois Paolo Soprani e Stradella-Dellapé. Nos EUA há diversas fábricas, sendo a marca Excelsior a mais famosa. Na Alemanha foi construído o primeiro Acordeon em 1822, em Berlim, e daquele país vem a famosíssima marca Hohner.
Bem, resumidamente são estas as origens do Acordeon, o belo instrumento que vem sendo constantemente aperfeiçoado pelos fabricantes que, entusiasmados com sua grande aceitação, procuram melhorá-lo, não só na parte mecânica como também na sonoridade.

O Acordeon no Brasil
O primeiro Acordeon que chegou ao Brasil chamava-se concertina (Acordeon cromático de botão com 120 baixos). O Acordeon tornou-se popular principalmente no nordeste, centro-oeste e sul do Brasil. Os primeiros gêneros (fado, valsa, polca, bugiu, caijun etc.) retratavam o folclore dos imigrantes portugueses, alemães, italianos, franceses e espanhóis.
Porém, no Nordeste (onde o acordeon é conhecido como sanfona), desde o início do século XX, mais precisamente com a construção da malha ferroviária brasileira pelos ingleses, deu-se início a um novo ritmo, o forró, característico do nordeste brasileiro, no qual um dos principais instrumentos musicais é o Acordeon.
No Rio Grande do Sul, o acordeon é mais conhecido como gaita, e a gaita-ponto (acordeon diatônico) também é conhecido como gaita-botoneira, gaita de botão ou simplesmente botoneira. No sul, especialmente no Rio Grande do Sul, devido ao fato de sua música tradicionalista, ter a gaita como majestade e rainha dos bailes, o instrumento ficou muito conhecido, logo, grandes nomes surgiram, que também foram precursores da música gaúcha, como Adelar Bertussi, Albino Manique, Edson Dutra, Porca Véia, Renato Borghetti, dentre outros.

Como Funciona um Acordeon?
Há dois tipos de acordeon, o diatônico ou piano e o cromático, apresentando botões dos dois lados, sendo que no lado direito a disposição dos botões segue a ordem das escalas cromáticas. Além desses tipos, hoje existe o acordeon de baixo solto que é construído com o campo esquerdo do piano, sendo possível formar acordes mais sofisticados.
O instrumento consiste em duas caixas retangulares dispostas em posição vertical ligadas entre si por um fole de cartão plissado. Dentro das caixas estão as palhetas que, acionadas pela agitação de dois tipos de teclado, emitem som pela vibração da passagem do ar que é empurrado através dos movimentos do fole. O peso do acordeom pode variar de dois a dezesseis quilos.

O que são os Baixos?
Os baixos são botões tocados com a mão esquerda que exercem função ou de baixo (como a tuba numa banda ou a mão esquerda em uma valsa para piano), tocando notas e acordes, num ritmo determinado pelo estilo de música (podem também ser pisados o baixo e o acorde simultaneamente para exercer a função do teclado em uma banda de rock) ou de baixo-livre (como os pedais em um órgão), mais usado em peças clássicas e dobrados.

E os Registros?
Registos são teclas que modificam o som, alternando quais oitavas são tocadas. Localizam-se acima das teclas, no caso do teclado ou então próximos ao fole ou na parte de trás do Acordeon, no caso dos baixos. Os registros mais comuns são: Master (obrigatório, sendo o registo principal, com o som de Acordeon), Bassoon, Piccollo, Musette, Clarinete, Bandoneon, órgão, Violino, Flauta, Flautim, Oboé, Saxofone entre muitos outros, podendo ter até mais de 30 Teclas (repetindo alguns registros para melhor alcance durante a execução da música).

Os Grandes Nomes Brasileiros
Grandes nomes brasileiros representaram o acordeon no Brasil. Abaixo tem uma lista com os principais nomes no instrumento no Brasil.

Zé Do Brejo, Adelar Bertussi, Caçulinha, Adelaide Chiozzo, Albino Manique, Bruno Brizotti, Chico Chagas, Cleberson Horsth, Dominguinhos, Dorgival Dantas, Edson Dutra, Gilberto Monteiro, Hermeto Pascoal, João Pedro Teixeira, Luciano Maia, Luís Carlos Borges, Luiz Gonzaga, Mano Lima, Mario Zan, Mary Terezinha, Nielsen Santos, Oswaldinho do Acordeon, Porca Véia, Renato Borghetti, Robertinho do Acordeon, Roberto Bueno, Sivuca, Tio Bilia, Varguinhas, Waldonys, Bebê Kramer e muitos, mais muitos, outros. 
Por:ALUNO: VANDERSON DA SILVA DANTAS
SÉRIE/TURMA: 1º ANO A
Clique para carregar comentários

0 comentários