sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

A INFELIZ CERTEZA.

As chuvas se aproximam e para nós sobreviventes de uma das maiores secas já vista no pais, é como se tivéssemos nos encontrando pela primeira vez em nossas vidas com a primeira paixão. Aquela que não esqueceremos tão cedo, que deixou um rastro de paixão ao tocá-la, ao senti-la.
Para massagearmos o ego com as delícias que a vida nos oferece, não podemos esquecer que mesmo as águas tão desejadas possam rolar sobre o escaldante solo sofrido pelas ingerências constantes da degradação humana, com elas, que são soluções temporárias, trazem juntas as chagas derramadas ao longo de anos a céu aberto, fruto do próprio desrespeito a insistência de vivermos dias tão ruins.
Os esgotos abertos, os insetos, as lamas contaminadas misturadas aos dejetos humanos e animais despejados em ruas e vielas descalças que infelizmente não tiveram a oportunidade de fazer parte do processo de humanização que desencadeia uma pontuação positiva no rank das maiores potências econômicas do mundo. Por que não dizer a sexta economia. Bem logo seremos a terceira, ou até mesmo a segunda!
No Brasil Colônia se buscavam recursos para pavimentação e saneamento. Nos anos setenta, se desejavam investimentos para as coberturas de ruas com paralelos extraídos das rochas. Mas se passaram anos e anos e tudo continua quase da mesma forma. O que poderíamos afirmar que melhorou, foi a concentração de renda nas mãos de um pequeno grupo monopolizador e que castra direitos se utilizando do oficialato institucional do voto de uma maioria desprezada por sua própria e indefesa "razão intelectual".
Os esgotos continuarão abertos exalando um odor despejados dos ralos do serviço público inoperante promovido pelo péssimo gerenciamento do erário público, sobrecaíndo direto em nossas cabeças.
O pecado mortal do nosso silêncio.
Tiago Daniel.

Aroeiras,PB, fevereiro de 2013.
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