terça-feira, 18 de junho de 2013

BAR E RESTAURANTE GLÓRIA ANOS 70





BAR E RESTAURANTE GLÓRIA
ANOS 70

Época fantástica na qual vivenciamos o tropicalismo de um Brasil mais puro onde o sentimento e a solidariedade humana eram muito mais aguçados e o amor em todos os sentidos se fazia mais presente.Olhando para a Igreja Nossa Senhora do Rosário, já iniciando a rua Epitácio Pessoa, encontrava-se o Bar e Restaurante Glória, comandado pelo atencioso e dedicado anfitrião ,Sr. José de Souza Muniz,mas conhecido por Seu Zezé do Bar e seus excelentes e atuantes assistentes,Maria Pequena, Didi, Zé Raimundo e Maria Grande.(em memória.)Ali, os frequentadores assíduos que traziam brilhos às conversas eram, além desse que vos narra:Inácio de Totô, Deda ,ChIco Banqueiro, Biu Mariano, Zé Marculino ,Rosemiro Barbeiro, Chico Gudes, Barbosinha, Lamartine,Aliísio Borges, Marcos Lins , Odair com a sua La Bamba, Geraldo Ceguinho, entre outros que adentravam naquele extrovertido ambiente de tantos boêmios e cidadãos comuns.Os encontros se realizavam mais nos finais de semanas e muitas vezes em dias comuns, pois na época ,alguns de nós estudávamos ou trabalhávamos na CIT(Companhia Inimiga do Trabalho.)As farras iam muitas vezes até altas horas da noite e se alongavam devido a égide do pacto boêmio:- Vamos tomar a ‘’saidêra’’, ‘’só mais uma’’, se não tiver dinheiro deixa no ‘’pendura.’’Papos saudáveis que tinham como pauta,a ressaca anterior, o amor, a paixão, o cabaré de Zenaide o Esporte, o América, a política e como não poderia deixar de ser, a inevitável fofoca cobre a vida alheia. Em certas ocasiões, os encontros enfraqueciam, todavia, nunca deixou de ter quorum, muitas vezes um ‘’guerreiro’’sustentava a honra da casa e ocupava a sua cadeira cativa.Os diálogos cruzados, alegres e estridentes, enchiam o ambiente aconchegante, sem a promiscuidade das drogas, sem o perigo de retornar pra casa,etc.Desfilavam, além de historias de sabores picantes, criativas piadas e anedotas diversas ,as quais provocavam gargalhadas,como sendo um motivo para se pedir mais uma...Assim era a vida de todos nós que, movidos pelo vigor da mocidade, ao som de uma radiola e na maioria das vezes um violão tocando Dilermando Reis e acompanhando as lindas canções de Altemar Dutra, Núbia, Roberto Carlos entre outros,construíamos a saga de um passado que na verdade nunca passou em nossas vidas...

Dudé das Aroeiras
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