A presidente Dilma Rousseff sancionou sem vetos nesta segunda-feira (9) a lei que destina 75% dos royalties do petróleo para a educação e 25% para a saúde. Além disso, o texto prevê que 50% de todos os recursos do Fundo Social do pré-sal sejam destinados para os dois setores.
O governo prevê que os royalties signifiquem um investimento de R$ 112 bilhões na educação em dez anos e R$ 362 bilhões em 30 anos. "Isso tudo, evidentemente, vai depender do preço futuro do petróleo, da taxa de câmbio, mas é uma riqueza bastante importante. É a riqueza mais importante do Estado brasileiro e acho que a vinculação mais estratégica que o país poderia fazer", afirmou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.
"Nós vamos usar esses recursos dos royalties e do Fundo Social para investir em educação, na prestação de serviços. A valorização das pessoas é fundamental, e aqui estou falando da importância da valorização do professor da rede pública, com salário melhor, capacitação e boas condições de trabalho", disse a presidente Dilma durante o evento de sanção da lei.
Para o ministro da Educação, hoje é "um dia histórico para a educação brasileira". "Os royalties são para preparar o Brasil para viver sem aquela riqueza que não é renovável, construir uma base sólida, que pode preparar o país para a sociedade do conhecimento", disse durante o evento da sanção.
De acordo com Mercadante, neste ano, o setor da educação deve receber um acréscimo de R$ 15 bilhões, "R$ 10 bilhões para pessoal e R$ 5 bilhões para os demais gastos do ministério". O aumento, segundo ele, é superior ao que virá dos royalties. "Mas, no médio prazo, em quatro ou cinco anos, com o Campo de Libra [na Bacia de Santos, em São Paulo], os royalties vão ser decisivos. O salto vai ser extraordinário. E tudo isso está sendo prioritariamente destinado à educação."
Pelo texto, a aplicação de 50% dos recursos do Fundo Social vai para saúde e para educação até que se cumpra a meta de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) em educação do PNE (Plano Nacional de Educação).
Meta
20 - Financiamento: Ampliar o investimento público em educação de forma
a atingir, no mínimo, o equivalente a 10% do PIB (Produto Interno
Bruto) ao final do decênio Leia mais Antonio Cruz/ABr
FONTE: ASCOM GOV. FEDERAL.
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