Construir cidadania tem sido um dos maiores desafios da história de
nosso país, principalmente quando as regras são quebras, gerando impunidades e
proporcionando insegurança jurídica aos cidadãos que necessitam das mesmas para
garantir uma boa convivência entre si.
Uma das causas, consideradas principais, que embasam a estrutura social
e política de uma nação, é o acesso a educação de qualidade. Essa educação constitui
pilar de desenvolvimento na vida dos seres humanos envolvidos nesse
crescimento. Quando isso não acontece, as políticas públicas destinadas ao
crescimento de um povo não geram prosperidade e harmonia social.
A história da humanidade nos mostra, com significância que uma nação
quanto mais se investe em educação, mais desenvolvida ela se torna. Ao
contrário daquelas onde crianças e jovens freqüentam as unidades escolares,
muito mais para cumprirem uma etapa forçada de suas vidas, sobre a dura pena de
terem que amargar a falta de alimentos em seus lares, ou até mesmo terem
suspensos os repasses sócias do Governo Federal através das conhecidas bolsas
misérias.
Nessa linha, as escolas caminham para promoção dos analfabetos
funcionais, aqueles que lêem, mas não interpretam, não conseguem discernir,
compilar interpretação das leituras exercidas. Os que não conseguem questionar
absolutamente nada ao seu redor. Chegam a ignorar a democracia representativa e
no momento do exercício de sua cidadania o substituem por escambo. Vejamos o
que diz Bertold Brecht:
O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não
ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o
custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e
do remédio; depende das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e
estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância
política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os
bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas
nacionais e multinacionais. (Bertold Brecht)
O
pensamento expressado na citação acima por Brecht representa o que a escola vem
produzindo ao longo de sua existência como nação. Professores, alunos e
educadores em geral, caminham na mesma direção. A formação de analfabetos
funcionais tem sido a grande marca produzida nas unidades escolares publicas de
nosso pais. Com isso, teremos sempre presentes, a fraude, a corrupção e a
irresponsabilidades.
Concluímos
assim que o problema do empobrecimento de uma nação encontra esteio nos bancos
das escolas públicas. Será necessário repensar, inclusive, a formação dos
profissionais de educação dentro das academias que pensam os futuros formadores
de conhecimentos nas primeiras e segundas fases no ensino público deste país.
Enquanto isso não acontece, a corrupção continuará reinando no seio das
administrações públicas do Brasil.
Por Tiago Daniel
Novembro/2013.
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